sábado, 21 de novembro de 2009
Produtores, consumidores e decompositores
Arma secreta: aquele cafezinho
Na falta de uma vacina preventiva, a única maneira de evitar a dengue é prevenir a picada. E na guerra ao mosquito vale tudo: areia nos vasos, tampa na caixa d'água e – acredite se quiser – borra de café. Um cafezinho para o mosquito
A borra de café pode ser usada com eficácia no pratinho de todos os vasos de casa, sem danificar as plantas. Também pode ser espalhada sobre a terra do vaso, porque até mesmo uma fina película de água pode servir de "ninho" para os ovinhos do mosquito da dengue. Mas para que esse "remédio caseiro" funcione, é fundamental que a borra de café seja utilizada de maneira correta e na medida certa. "Não queremos servir cafezinho para o Aedes, queremos intoxicá-lo", lembra a professora Hermione. A quantidade de borra varia de acordo com a quantidade de água que se acumula. Siga as instruções: • para cada copo de água acumulado, coloque quatro colheres de sopa de borra de café. Espalhe a borra no prato ou sobre a terra. A água acumulada vai dissolver a substância e se tornará imprópria para o crescimento das larvas. • nova borra deve ser colocada a cada semana. Nada de água parada Apesar da eficácia comprovada pelas pesquisas, a borra de café não deve substituir as medidas utilizadas normalmente no controle à dengue. Apenas servir como complemento - em um vaso que precisa de muita água, por exemplo, você deve usar a borra de café. Caso contrário, a melhor atitude é esvaziar os pratinhos e enchê-los de terra ou areia. Veja o que mais precisa ser feito e cheque se sua casa ou sua escola não são "maternidades de Aedes":
• Não deixar jogados objetos que possam acumular água, como latas, copos e embalagens plásticas. • Deixar garrafas e frascos vazios de cabeça para baixo. • Deixar pneus velhos em local seco e protegido da chuva. • Manter latas de lixo tampadas e secas. • Manter caixas d'água, cisternas e outros reservatórios de água bem fechados, sem frestas, impedindo a entrada do mosquito. • Trocar a água dos animais diariamente e lavar os recipientes com escova ou bucha. |
O dia-a-dia do mosquito
Qualquer um é capaz de matar um mosquitinho, né? É, mas no caso do Aedes aegypti não basta matar. É preciso impedir que novos mosquitinhos nasçam e saiam por aí se banqueteando com sangue humano e transmitindo o vírus. Hora do almoço Sabe aquele mosquito que vem zunir na sua orelha bem na hora de dormir? Não se desespere. Esse mosquito é chato, mas não transmite a dengue. Ao contrário de seu parente Culex - esse que passeia pela noite -, o Aedes aegypti só pica durante o dia. Outra característica peculiar: o mosquito da dengue é uma espécie "doméstica". Adora cidades – dificilmente aparece no campo –, pois é onde encontra locais em abundância para se reproduzir. O Aedes aegypti nasce e cresce na água parada e limpa – sabe aquela água da chuva que fica empoçada em latas, pneus e vasos? É a ideal. Além disso, nas cidades o Aedes aegypti não tem predadores naturais: pode crescer e se multiplicar à vontade, sem se preocupar em ser devorado por outros bichos. E ainda tem muita comida disponível: nosso sangue.
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Dengue
Todo cuidado é pouco A dengue é uma doença causada por um vírus do gênero flavivírus. Entre seus principais sintomas estão febre alta por vários dias, dores de cabeça e nos olhos, náuseas, falta de apetite e manchas vermelhas pelo corpo. Esse mesmo vírus causa a dengue hemorrágica, versão mais potente da doença, que pode levar à morte. Os sintomas iniciais são os mesmos da dengue comum, mas depois de alguns dias acontecem sangramentos – principalmente no nariz, nas gengivas e no tubo gastrintestinal –, queda da pressão sangüínea e alternância de estados de sonolência e irritação. É impossível saber se uma pessoa infectada vai desenvolver dengue comum ou hemorrágica, mas pessoas que já contraíram a doença uma vez têm maiores chances de desenvolver dengue hemorrágica ao serem novamente contaminadas. Por isso, todo cuidado para evitar a doença é pouco. Uma pessoa contaminada pela dengue não transmite a doença para outras pessoas diretamente. Quem passa o vírus de uma pessoa para outra é um mosquitinho chamado Aedes aegypti (a pronúncia correta é "Edes egípti"). Ao picar uma pessoa doente, o mosquito bebe o sangue contaminado com os vírus. Na próxima refeição, ele deixa o vírus em uma pessoa sadia, espalhando a doença. Se não tiver mosquito, o vírus não passa para outras pessoas, correto? Sim. Por isso, todas as campanhas de controle da dengue têm um único objetivo: destruir o Aedes aegypti. Parece fácil, mas na prática a situação está cada vez mais grave. O número de mosquitos aumenta a cada dia e, com ele, o número de casos da doença em várias cidades brasileiras. |
Bactéria
A transmissão pode ser feita pelo ar ou por contato direto (gotículas de saliva ou muco) ou indireto.
As bactérias podem ser classificadas segundo a forma. As esféricas são chamadas cocos; as alongadas em forma de bastão são os bacilos; as espiriladas, espirilos; e as em formato de meia-espiral denominam-se vibriões. Algumas espécies, para melhor desenvolverem as funções de nutrição e proteção, podem apresentar-se em agrupamentos celulares (colônias). Os agrupamentos podem ser aos pares (diplococos), em forma de colar (estreptococos) ou de cacho de uva (estafilococos).
Muito resistentes a variações de temperatura e também a agentes químicos, algumas bactérias apresentam filamentos móveis chamados flagelos, para a locomoção. A maioria das doenças causadas por bactérias é tratada com antibióticos, substância produzida por microrganismos (os mais comuns são os fungos) ou sintetizada em laboratório, capazes de impedir o crescimento ou mesmo destruir as bactérias. Porém, o tratamento nem sempre é eficaz, pois elas desenvolvem resistência contra determinados medicamentos, que perdem seu efeito.
Algumas espécies de bactérias podem provocar doenças fatais. É o caso da Staphylococcus aureus (causa infecções de pele) e da Streptococcus beta hemolíticos (causadora da escarlatina), que estimulam a superativação dos linfócitos , os glóbulos brancos responsáveis pela defesa do organismo. Ao produzirem grande quantidade de citosinas e óxido nítrico, causam um grave desequilíbrio na composição e circulação sanguínea , que pode resultar na morte do paciente. Este quadro clínico é conhecido como Síndrome da Reação Inflamatória Sistêmica (SIRS). Outros tipos, como a Escherichia coli (causadora de diarréia) e a Salmonella typhi (causadora da febre tifóide), que se alojam na região intestinal, podem atingir a circulação sanguínea e provocar uma infecção generalizada, que também pode levar à morte. Mas a maior parte das espécies de bactéria é benéfica ao homem. Elas são responsáveis, por exemplo, pela fixação do nitrogênio da atmosfera no solo, fundamental para o desenvolvimento das plantas. Também realizam a fermentação necessária para a fabricação de produtos como vinagres e queijos.
Doenças Causadas por Protozoários
Doenças causadas por protozoários parasitas envolvem, basicamente, dois locais de parasitismo: o sangue e o tubo digestório. No entanto, a pele, o coração, os órgãso do sistema genital e os sistema linfático também costituem locais em que os parasitas podem se instalasr. Essas doenças envolvem, em seu ciclo, hospedeiros, isto é, organismos vivos em que os parasitas se desenvolvem.
Caso o agente parasitário utilize dois hospedeiros para completar o seu ciclo de vida, considera-se como hospedeiro definitivo aquele local no qual o parasita se reproduz assexuadamente. Hospedeiro intermediário é aquele no qual o parasita se reproduz assexuadamente.
Quase sempre o homem atua como hospedeiro definitivo; na malária, no entando, a reprodução sexuado dos parasitas ocorre nos pernilongos que são, então, considerados hospedeiros definitivos, sendo o homem o hospedeiro intermediário.
Parasitoses mais freqüentes no Brasil causadas por protozoários:
Corais Marinhos
Corais são organismos marinhos, a partir da classe Anthozoa que existem nos oceanos como tambem as anêmona-como pólipos, geralmente nas colônias existem muitos indivíduos idênticos. O grupo inclui os importantes construtores de recifes que são encontrados em oceanos tropicais que segregam carbonato de cálcio para formar um esqueleto rígido.
Um coral “cabeça”, comumente entendida como sendo um único organismo, é formado a partir de milhares de pólipos individuais, mas geneticamente idênticos, cada pólipo com apenas alguns milímetros de diâmetro. Durante milhares de gerações, os pólipos fixam um esqueleto que é característica de sua espécie. Uma cabeça de coral cresce por reprodução assexuada de cada um dos pólipos. Corais também reproduz sexualmente por desova, com as mesmas espécies de corais libertando gâmetas simultaneamente durante um período de uma a várias noites em torno em noites de lua cheia.
Embora corais pode capturar plâncton usando células com ardor de seus tentáculos, estes animais obtem a maioria de seus nutrientes simbiótica de algas unicelulares chamados zooxanthellae. Por conseguinte, a maioria dos corais dependem da luz solar e crescem de forma clara em águas rasas. Normalmente em profundidades menor do que 60 m (200 pés).
Estes organismos podem ser importantes contribuidores para a estrutura física dos recifes de corais que se desenvolvem em águas tropicais e subtropicais, tais como a enorme Grande Barreira de Coral ao largo da costa de Queensland, na Austrália. Outros tipos de corais não têm relacionamento com as algas que podem viver em águas muito mais profundo, como no Atlântico, com o gênero de águas frias Lophelia elas podem sobreviver a uma profundidade de 3000 metros.
Desmatamento da Amazônia
85% dessa região fica no Brasil (5 milhões de km², 7 vezes maior que a França) em 61% do território nacional e com uma população que corresponde a menos de 10% do total de brasileiros. A chamada “Amazônia Legal” compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e parte dos estados do Mato Grosso, Tocantins e Maranhão perfazendo aproximadamente 5.217.423km².
Quando falamos em desmatamento na Amazônia é comum as pessoas confundirem a região citada acima com o estado do Amazonas, o que limita a compreensão do verdadeiro problema que essa região enfrenta. Em toda a região amazônica calcula-se que cerca de 26.000km são desmatados todos os anos.
No Brasil, só em 2005 foram 18.793km² de áreas desmatadas, sendo que uma das principais causas é a extração de madeira, na maior parte ilegal. Segundo dados do Grupo Permanente de Trabalho Interministerial Sobre Desmatamento na Amazônia, desde 2003 foram apreendidos cerca de 701mil m³ de madeira em tora provenientes de extração ilegal. Devido à dificuldade de fiscalização e a pouca infra-estrutura na maior parte da região, alguns moradores se vêem forçados a contribuir com a venda de madeira ilegal por não terem nenhum outro meio de renda ou mesmo por se sentirem coibidos pelos madeireiros. Até mesmo alguns índios costumam trabalhar na atividade ilegal de extração de madeira, vendendo a tora de mogno, por exemplo, a míseros R$30, quando na verdade, o mogno chega a valer R$3 mil reais no mercado.
Outras causas apontadas são os crescimentos da população e da agricultura na região. Até 2004, cerca de 1,2 milhões de hectares de florestas foram convertidas em plantação de soja só no Brasil. Isso porque desmatar áreas de florestas intactas custa bem mais barato para as empresas do que investir em novas estradas, silos e portos para utilizar áreas já desmatadas.
Além de afetar a biodiversidade (a Amazônia possui mais de 30% da biodiversidade mundial), o desmatamento na Amazônia afeta, e muito, a vida das populações locais que sem a grande variedade de recursos da maior bacia de água doce do planeta se vêem sem possibilidade de garantir a própria sobrevivência, tornando-se dependentes da ajuda do governo e de organizações não governamentais.
Nos últimos anos a Amazônia Brasileira vêm registrando a pior seca de sua história. Em 2005, alguns lagos e rios tiveram sua vazão reduzida a tal ponto que não passavam de pequenos córregos de lama, alguns até chegaram a secar completamente, ocasionando a morte dos peixes. O pior é que esse efeito tende a se agravar com o tempo. Com os rios secando e a diminuição da cobertura vegetal, diminui a quantidade de evaporação necessária para a formação de nuvens, tornando as florestas mais secas.
Contudo, diversas ações vêm sendo tomadas pra impedir que o pior aconteça e preservar toda a riqueza proporcionada pela Amazônia. ONG’s como o Greenpeace, SOS Mata Atlântica, WWF, IPAM (Instituto de Pesquisas da Amazônia) e diversas outras entidades, realizam campanhas e estudos com o objetivo de divulgar e facilitar o desenvolvimento sustentável e a recuperação das áreas degradadas da Amazônia no Brasil. Quanto às iniciativas do governo, 19.440.402 hectares foram convertidos em Unidades de Conservação (UC) na Amazônia de 2002 a 2006, totalizando 49.921.322ha, ou, 9,98% do território. Sem contar os 8.440.914ha de Flonas (Floresta Nacional) criadas em territórios indígenas. Outro projeto que visa à consolidação de Unidades de Conservação na Amazônia é o projeto ARPA (Áreas Protegidas da Amazônia) que tem como meta atingir um total de 50milhões de hectares de UC até 2013 e conta com apoio e investimentos de instituições como o Banco Mundial e o WWF.
Fontes:
- Amazonia.org.br
- Asociación Latinoamericana para los Derechos Humanos
- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
- Sistema Brasileiro de Vigilância da Amazônia
- Greenpeace
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Desmatamento e extinção de espécies
O crescimento das populações humanas aumenta terrivelmente a gravidade dos problemas que a Terra já enfrenta. Eis alguns deles: 1- Cervo-do-pantanal: Animal dócil e grandalhão, torna-se um alvo fácil para os caçadores em busca de sua galhada, usada como decoração.
2- Onça-pintada:Encontrada no Pantanal, desaparece da região devido à caça indiscriminada. Sua pele tem cotação em dólares no mercado internacional.
3- Mono-carvoeiro: O maior macaco do Brasil. É originário da Mata Atlântica. Atualmente restam apenas cerca de cem destes animais no estado do Rio de Janeiro.
4- Pica-pau-de-cara-amarela: Os poucos sobreviventes vivem nas matas gaúchas. Com o desmatamento, perde sua principal fonte de alimentação, as sementes das árvores.
5- Ararinha-azul: Cobiçada no mercado internacional por sua plumagem. Há apenas cerca de cinqüenta desses animais, vivendo no Piauí e na Bahia.
6- Mutum-do-nordeste: Os últimos exemplares desta ave vivem hoje no litoral de Alagoas. Alguns biólogos estão tentando reproduzir essa ave em cativeiro, para garantir a sobrevivência da espécie.
7- Mico-leão-dourado: Com a redução da Mata Atlântica, perdeu seu hábitat natural. Restam algumas centenas na reserva de Poço das Antas, no estado do Rio de Janeiro.
8- Tartaruga-de-couro: Cada vez mais rara no litoral brasileiro. Sua carne saborosa e seus ovos são disputados pelos pescadores do país.
- Mais bocas para nutrir, implicando maior produção de alimento e, portanto, necessidade crescente de terras agriculturáveis, às custas de mais desmatamento. Hoje, o planeta perde um hectare de solo aproveitável para a agricultura a cada 8 segundos. Buscar um aumento na eficiência da produção de alimentos, através de maior mecanização da agricultura, levaria à degradação maior do solo. Além disso, a utilização intensiva de adubos e pesticidas aumentaria a poluição do solo e dos lençóis de água.
- Maior pressão de consumo, gerando, portanto, maior demanda de recursos naturais não-renováveis, como os metais e o petróleo. Além do esgotamento precoce desses recursos, mais resíduos serão produzidos, intensificando a poluição: o homem poderá afogar-se no seu próprio lixo!
- Maior necessidade de energia. Por enquanto, gerar energia leva a um aumento da poluição (queima de combustíveis como petróleo ou carvão), ou à destruição de ecossistemas (construção de hidrelétricas), ou ainda a riscos de contaminação por radiação (usinas atômicas). Métodos menos poluentes, como o uso do álcool, ou formas “limpas” de gerar energia, como energia solar, poderão talvez resolver o problema.
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Brasil tem 130 espécies animais ameaçadas de extinção
O Brasil tem hoje, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), um total de 130 espécies e subespécies ameaçadas de extinção. Destas, 96 são insetos, como abelhas, besouros, formigas, borboletas, libélulas, mariposas, e as 34 restantes são outros invertebrados terrestres, como aranhas, opiliões, pseudoescorpiões, gongolos, caracóis, minhocas, entre outros.
Esses animais se encontram distribuídos por diversos Estados, como São Paulo, Brasília, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Pernambuco, Mato Grosso, Pará e Paraíba, Mato Grosso do Sul e Amazonas, Acre, Rondônia, Ceará e Alagoas.
A situação mais grave dentre todos os animais citados é a de quatro espécies que já entraram na lista do Ibama como extintas: a formiga Simopelta minima , que vivia na Bahia, a libélula Acanthagrion taxaense , do Rio de Janeiro, e as minhocas Fimoscolex sporadochaetus (conhecida como minhoca branca) e Rhinodrilus fafner (minhocuçu ou minhoca gigante), que viviam em Minas Gerais.
A mais recente lista de animais ameaçados divulgada pelo Ibama (2003 e 2004) reúne ao todo 632 espécies/ subespécies dentre animais terrestres e aquáticos. Em 2006, o IBGE já havia lançado o mapa das aves ameaçadas; em 2007, divulgou o mapa de mamíferos, anfíbios e répteis; e ainda neste ano de 2008 deve publicar o último mapa da série, com informações sobre peixes e invertebrados aquáticos.
Segundo dados do Ibama, o conjunto de espécies de fauna e flora brasileiras vem sendo destruído gradativamente o que, ainda segundo o órgão, afeta, inclusive, na economia do País. Os principais motivos para essa destruição seriam a caça predatória, a poluição e a perseguição a espécies raras, de alto valor comercial.
Os estudos sobre a fauna sob risco de extinção vêm sendo realizados pelo IBGE desde o fim dos anos 1980, fundamentalmente com base nas listas do Ibama e complementados por informações levantadas